terça-feira, 8 de abril de 2008
Baila Me
Rasga-me o corpo com o pudor do outro lado da porta!
Toca-me!
Se me bailares quedarei o tempo para ter-te sempre.
Estremecem-me as mãos enquanto balançam o espaço em brisas que o cabelo não consegue interromper também, o rosto quebra-se em risos circundantes e antes que a noite finde enterro os meus olhos nos teus.
Nada consegue deter a dança de corpos que se querem,
nada pode sustar o pecado original,
nada pode travar,
nada consegue parar
o baile entre dois olhares.
nada pode sustar o pecado original,
nada pode travar,
nada consegue parar
o baile entre dois olhares.
Antes de partires beija-me o peito no lugar do coração, preciso de sentir que a tua ida é uma consequente volta, quero alcançar o teu corpo e vestir a minha pele com o teu jeito secreto e engenhoso de sorrir.
Rodopio o meu corpo nas arestas do teu,
giro a minha voz na silhueta da tua boca.
giro a minha voz na silhueta da tua boca.
Solta-se o suspiro calado na cortina corrida,
o corpo treme em uníssono num compasso que não pode ser detido.
Suavizo o toque, a pele num contratempo já se pausa ao cheirar a tua.
dedico este texto a um grande amigo
que hoje festeja mais um aniversário,
um grande Senhor, melhor escritor,
ao Cristóvão (freudnaomorreu)
http://sim-pois-sim.blogspot.com
o corpo treme em uníssono num compasso que não pode ser detido.
Suavizo o toque, a pele num contratempo já se pausa ao cheirar a tua.
Sentir-te presente numa roda de risos inquietos é o essencial para me sentir eterna nesta dança de corpos que se desejam para a imortalidade, seguras-me o corpo pela cintura e danças-me o ventre com as mãos que não derrubam o intuito.
Fecho a porta atrás de mim e escondo-me com o pudor.
Sentir?
Sinta aquele que dançar sozinho por detrás das cortinas,
trancado num quarto escuro e vazio.
Dançar?
Danço eu no reflexo do espelho, a silhueta move-se num desejo abandonado.
Sentir?
Sinta aquele que dançar sozinho por detrás das cortinas,
trancado num quarto escuro e vazio.
Dançar?
Danço eu no reflexo do espelho, a silhueta move-se num desejo abandonado.
Se eu me for agora o que será de nós?
Espera inútil!
Espera inútil!
Esvazio o ar do peito e morro numa dança acidental. Baila-me a sedução e o desejo num apunhalado de esperas cerradas em ti.
dedico este texto a um grande amigo
que hoje festeja mais um aniversário,
um grande Senhor, melhor escritor,
ao Cristóvão (freudnaomorreu)
http://sim-pois-sim.blogspot.com
7 comentários:
as palavras que escreves ganham vida na forma que as empregas...
Teras smp em mim um grande fã...
Beijo*
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
bem, a dança do amor...
belo belo
A foto, majestuosa! o que não é de admirar, as tuas escolhas a esse nível são sempre intocáveis.
O texto, não sei como comentar sem cair na rotina e sem me repetir.
Simplesmente, adorei, simplesmemente é sempre muito bom ler-te, ler os teus sentimentos muito profundos.
Por último, a dedicatória, um gesto muito bonito.
Parabêns, e um beijo.
Olá Margarete. Abro um parentese, para te dizer, que por coincidencia "também estou a fazer um trabalho sobre dança"... Uma outra dança claro!
agora o comentário! Tudo tem um tempo e a gente dança ao sabor desse tempo e mesmo que pareça perdido, nada como viver cada segundo intensamente, para um dia poder dizer: Eu estive lá! Eu estive presente! Eu vivi!!!
para dizer mais deixo-te estas tuas palavras...
Rodopio o meu corpo nas arestas do teu,
giro a minha voz na silhueta da tua boca.
Beijo...
Extra coment: por favor tira esse comentário desse cobarde que nem o nome sabe assinar, porque tu não mereces isso!!!
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Ao meu fã/amigo anónimo que tem andado a deixar por aqui uns comentários menos próprios só desejo que vá de férias para um blogue bem distante.
=)
Resolvi então restringir o meu blogue, apartir de agora anónimos não poderão comentar, tenho pena que assim seja mas me vejo obrigada a agir deste modo.
Obrigada a todos*
Enviar um comentário
< home