segunda-feira, 7 de abril de 2008
Não queiras saber de mim
Roo a tua ausência, brindo a saudade que me habita,
encosto a cabeça no teu peito e choro um bocado.
Cravo a minha voz no teu sentir embaraçado.
Hoje não estou aqui!
Não estou aqui!
Saí de mim para te inventar um caminho, uma dança!
Não estou aqui!
Saí de mim para te inventar um caminho, uma dança!
Tapo a cara com as minhas luvas brancas como um palhaço envergonhado.
A tristeza dos dias encarrega-se de me fazer chorar com a chuva, soa a estranha esta emoção descontrolada, descompassado bater acelerado. Hoje fico por aí enrolada em mim se me vires chorar faz de conta que não conheces o sentido do choro. Já me encarreguei de te decorar as falas e os gestos, tudo fica simplificado antes do adeus.
Não queiras saber de mim...
Não queiras saber de mim...
Se hoje nem eu me entendo como posso exigir que me entendas,
cravo o rosto de sorrisos imcompreendidos e numa verificada quietude balanço o pó do caminho.
cravo o rosto de sorrisos imcompreendidos e numa verificada quietude balanço o pó do caminho.
Se a dança tivesse um fim ele era os teus braços!
Chorei! Respirei a tua doçura e emocionei-te os passos.
Se fores por ali eu não me incomodo,
hoje, amanhã, depois, o dia pode findar contigo ao meu lado,
mas se estiveres longe e o dia findar
morrerá a eternidade dos gestos.
hoje, amanhã, depois, o dia pode findar contigo ao meu lado,
mas se estiveres longe e o dia findar
morrerá a eternidade dos gestos.
O mundo está do avesso, encosto-me a um canto e respiro a loucura das palavras enevoadas, obscurece o tédio, sombrea-se a verdade e o que é de mim sai do que sou para o ser na chuva. Agito os braços e grito o teu nome. O teu nome! Se não fosse o teu nome o que seria de mim? O teu nome simplifica-me os sinais. Sublevo o teu nome entre as palmas como uma bola que gira brincalhona nas mãos. Abano a cabeça em tom de negação e guardo o teu nome no bolso, sacudo a minha verdade e sinceridade dos braços, inquieto-me os sentidos e invento-te os passos antes de ires.
Não queiras saber de mim!
Se antes foste pó, cinza, nada, agora ainda és fogo aceso em mim.
Hoje não estou aqui!
Não estou aqui!
Não estou aqui!
7 comentários:
bem, que bela conjugação de palavras, músicas e imagens...
adorei..."hoje não estou aqui"
Aí o eterno querer e não desejar, o sentir e não querer, o querer e disfarçar, não, que não, não estou aqui, hoje não, nem amanhã, nem nunca!
É tipicamente feminino, não é?
Beijos virtuais *
Rectificação...
Pronto, tens razão!
Tenho de dar a mão à palmatória. O sentir o querer, o ficar longe, podem ser também do género masculino.
Ao invés de dizer "tipicamente" eu deveria dizer "predominantemente" feminino.
Se calhar é um estado de espirito que faz com que eu digo isto. Somos a soma das nossa emoções, não é? Ultimamente as minhas têm andado descontroladas, por isso verbalizo (escrevo) mal o que desejo expressar.
A tua opinião é, e será sempre muito importante para mim.
Sim, quero-te perto de mim.
Sim, envio um abraço do tamanho do mumdo.
Sim, anexo-lhe um milhão de beijos
Obrigado pela tua amizade... Sim!
Sentir em plenitude, essa ânsia de quem existe mais do que a respirar.
Assim te fazes única.
Bj terno
cravo o rosto de sorrisos imcompreendidos e numa verificada quietude balanço o pó do caminho.
deleito-me no sorriso de tais palavras, que levantam o pó e rezam poesia...
Sabes que Adorei!!!
Beijo
um grito farto mas que nos seduz por saber estares por aí!...
Se antes foste pó, cinza, nada, agora ainda és fogo aceso em mim»
gostaria de te deixar algo daquilo que senti ao ler-te, mas já o fizeram ...
agora deixa que esse fogo das emoções te absorvam sempre .....
beijo
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