quinta-feira, 31 de julho de 2008
ana
e ainda me morro sempre que te recordo em dias nostálgicos como este, os cabelos livres como o vento que não se faz sentir e essa tua mania, irremediável, de parares os momentos com palavras ágeis e mudares de filme. este sítio já não é uma casa sem os teus braços e o compasso das esperas, agora longo, tornou-se indecifrável ana.
tu eras, ana, eras tudo o que eu sonhei encontrar na vida e, ainda assim, acreditei que não me bastasses, não soube construir-te uma ponte que fizesse a ligação dos meus lábios ao meu coração e quando me beijavas eu não sentia. chorei muito ana, chorei a vida de não perceber o amor que é vão, apodrecido sobre os gestos que se gastam e hoje, hoje se recordam com as tristes e velhas músicas do brian adams. nunca larguei o museu romântico que me ofereceste quando nos conhecemos.
e antes que acorde ana, antes que acorde e me morra de novo num acordar só, deixa que te cante com a voz desafinada por cima da voz do brian adams e me torne brian adams agarrado ao microfone que é o desodorizante. amo-te ana e ainda me morro.
8 comentários:
Não consigo comentar... está lindo,perfeito...
Beijinho
Belo post...Ana descreve o que por vezes os sentimentos escondem na penumbra de nos!
Beijo terno
Lindo. De uma sensibilidade que dá arrepios...
Que bom sabê-la a visitar meu blog. Deixo o meu muito obrigado e a certeza de que voltarei.
Beijos carinhosos
Mar
É interessante o monólogo dirigida à Ana. De terno que é, a Ana ouvindo, gostaria.
Daniel
Minha querida :')
Maior ternura «3
A este teu texto, aplaudo de pé!
Bjs,
Shadow
Pois foi nesse blog que te comentei a meses atrás, não me lembro da data....e te digo que não ligo pra comentários, mas sempre aprendi a agradecer a quem me lê e dispõe do teu precioso tempo para ler o que escrevi. É apenas uma questão de educação que aprendi de berço.
Já vi muito poetas e escritores consagrados perderem leitores por sua falta de educação e passar uma imagem antipática por não agradecer a quem lhe concede tempo e dinheiro para comprar teus livros.
Gosto da tua autenticidade, e te digo tudo isso não como forma de julgamento, mas no sentido da impressão que vc me passou.
Fico feliz com sua visita ao meu blog e por ter deixado seu comentário, agradeço pelo tempo que me concedeu da tua vida.
Que meu abraço encontre o teu sorriso!
Helen De Rose.
Mar,
"Ainda me morro", simplesmente genial, que mais posso dizer?
Posso lançar-te um repto? gostava que um dia escrevesses, aqui, um texto cor de arco iris, com uma foto de igual contraste. Se calhar perde-se o principio ao qual está subjacente este "cantinho", ainda assim, a sumptuosidade pode dar lugar à contemporaniedade, ou não?
Beijos.
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