quarta-feira, 8 de outubro de 2008
entardecer.
por não saber da cor dos teus olhos no rio postos, ainda julgo poder dar com eles ao entardecer, aninhados no horizonte que me chega do fundo da água quando o sol a toca de mansinho, tão quietos que para agarrá-los teria de me deitar sobre o rio, esticar os braços a tal ponto que estes fossem agora maiores que a distância que nos separa.a distância entre os nossos passos é segura como uma corda. espero, ainda, sempre o entardecer com os meus olhos postos no horizonte sobre o leito do rio, fico assim até aparecer a cor que julgo ser a dos teus olhos e agora deito-me, de barriga para o ar, espero que as nuvens me tomem ao colo e me levem para longe, tão longe que te possa beijar com os olhos.
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