terça-feira, 14 de abril de 2009
pergunto-te: estás cá? não: dizes-me: estou lá, onde se atracam os navios com ancoras maiores que braços. e eu calo-me, eu que nunca deveria ter falado. gostava de saber que ancoras prendem a tua língua, quais os navios que se atracam à entrada da tua boca. gostava ainda, se possível, de salgar-me de ti até se me tornar o corpo apenas pele encurrilhada de silêncio. construir-te um diálogo é sempre difícil quando a noite te desmembra,talvez em ti não hajam faltas, saudades moribundas a morder-te, como a mim, os ossos todos. pinto-te de lágrimas e manhãs, sempre incertas, porque os sentimentos são abraços sem cais.
3 comentários:
não tens medo de falar de amor-dor na primeira pessoa e isso são palavras tão boas de se ler.
é transmitido o amor , o odio , a paixão , sempre da mesma forma ... com palvras soltas , que se desenrolam numa bonita ondulação....
bonita esta tua escrita
Um abraço, um beijo, dois num.
Saudade - faz falta.
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