sexta-feira, 11 de setembro de 2009
julgo hoje ser, na perpendicular deste texto, a linha ténue que separa a relidade da ilusão. no trecho breve deste início de noite, escrevo as tuas mãos ausentes, de fora da baínha dos sonhos, à espera que eu as toque ou que, num qualquer modo que desconheço, caia entre as rugas delas e me afogue nas lágrimas retidas à epiderme da pele. por estares morto é que te ouço, a bater os dentes sobre o frio pausado da noite que nos chama, é por estares morto que me ouves, no não falar coisa nenhuma que me embarga. se hoje pudesse matar-me, morrer deveras, esticar os pulsos e cortá-los ao som da angústia, deixar a vida fechar-me a porta de todos os textos; se hoje pudesse ficar aqui.
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