sábado, 30 de janeiro de 2010
sei hoje que todas as coisas te procuram,
também eu te procuro hoje em todas as coisas.
se todas as coisas me falassem,
se elas falassem!
não sei das coisas que falam
acredito que as tenham morto,
como sei que hão-de morrer estas palavras
à espera de as encontrares.
na porta do coração só
as mãos,
também elas esperam
os gestos.
quero dizer-te o mundo.
queres ouvi-lo?
e eu sei, meu amor,
eu sei,
é hiroshima.
1 comentários:
.
«Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
(..)»
Mario Cesariny
foi de olhos fechados que me lembrei do enorme cesariny. os versos ficaram excelentes, o fim, atómico.
parabéns
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